Letra de Marcílio
Moraes e Música de Geraldo Maia
Ó minha nossa senhora Maria
dos anjos
Rogai por todos os anjos que
jazem caídos
Corroídos de corpo, de alma
e de fé
Pelo fogo abrasivo, mordaz e
mortífero.
Ó minha santa, Tu que és mãe
e mulher
Põe teus bons olhos neste
fruto bendito
Que cresce lento em meu
ventre
Mas que como eu, parece
chorar.
Choramos teus filhos, teus
anjos queridos
Por muitos malditos,
desgraçados e ímpios
Julgados e condenados por
mil e um crimes
E a consequência? Proibidos de amar!
O fogo que há dentro de mim,
faz delirar
Toma por completo as
entranhas, o baixo ventre
E faz queimar. É fogo e
chama em ascensão
É o amor ardente que teima
em não se apagar.
A chama que consome os
anjos, também me faz queimar
De meu ventre nascerá um
anjo que aos céus ascenderá
Eis aqui Maria dos anjos,
mais um filho que acolherás
Eis o fruto bendito, deste
amor maldito, torpe e letal.
Os anjos foram vencidos
pelas impiedosas chamas
Suas almas Arderam, seus
corpos queimaram, seus olhos purgaram
Enquanto isso Maria dos
anjos chorava aflita
Foi inútil seu canto, foi
inútil seu pranto, foi inútil o clamor.
Enquanto vinte e cinto anjos
padeciam nas chamas
Das cinzas surgia um fio de
esperança, um grão de alegria
A virgem menina em seu
bendito ventre aguardava
O anjo vindouro, que a todos
os anjos viria salvar
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